quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Relatos Anaeróbicos - 01

insistência:

"a mente embebida em mulheres, fumaça, música, cansaço...
a coisa se repete. o mundo gira e volta e é aí que eu vomito."

- de um tipo, depois da noite de trabalho.

sábado, 17 de dezembro de 2011

antologia chiclete com banana

adoro meus amigos nerds. cada um, ao seu jeito, me impressiona de uma ou da mesma ou de várias formas. meus nerds amados não são, necessariamente, nerds da computação, são da comunicação, da cultura pop e da contracultura, da política e das ciências como um todo, filosofia e arte, etc e tal. saca?

acabei de colocar o álbum burn, do deep purple. me empolguei. dei uns tapas, larguei de lado e conecei a escorregar os dedos por aqui sentindo a boa vibração de estar ligado às pessoas que gosto, ao meu jeito, de algum jeito. acabei aqui, depois que tentei umas mesas de poker e notei que to sem sorte até para conseguir lugar.

sem enrolar. um desses meus grandes amigos (mesmo que eles não saibam disso e mesmo que eles não existam realmente) me emprestou a caixa da antologia chiclete com banana. fantástico, fundamental, verdadeiro hormônio do crescimento. eu lia essas coisas e nem tinha pentelho. nem um!! reler coisas dessas é ótimo. é ligar muitos pontos das coisas que aconteciam naqueles tempos. por tudo, por querer entender o que se passa à minha volta, pelos estudos, por outras releituras, por muitas leituras, etc.

olha, se a idéia era encher linguiça eu continuaria rasgando os olhos, mas a idéia não é essa. então dá um jeito de ler esse negócio. independentemente da mídia.
se quiseres o link, aí vai de um blog que disponibiliza umas coisas:

acho que já tive o bastante desse blog, saturado,
otem podirá

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

me diz mais

guria safada correndo pelada
aí o nego fica tipo aqualung, torcendo para achar um banco de praça (pernas doendo, jogado às traças e tal e coisa, se sentindo sozinho) para ver a coisa toda sentado confortavelmente
haiti, suíça, camboja, islândia
os saltos são grandes, como os olhos da fome
e os barrocos e os rococós?
continuam gritando suas agonias e futilidades?
não. a agonia passou... a dor também... e a guria já virou uma velha que foi pra casa dormir de pijama.
de qualquer forma, não é o conteúdo que interessa? chegar e sair com pressa...
...não to com nada. to escutando mundo livre pensando outras coisas, cansado pra caralho.
a cabeça balança com o groove dos caras, mas parece que é de sono; santíssimo sono que não me derruba.
o que me derruba é aquela piscada de olho... safadíssima piscada!

domingo, 16 de outubro de 2011

alguma coisa...
fiz o trabalho todo, tomei uma lata de cerveja, olhei para frente, vi a mata nativa e não resisti à tentação. subi o morro e sumi no mato.
lá, encontrei o outro eu que perdi esses dias. ela (eu), a verdade, me recebeu com um machado na mão.
- e aí, magrelo, cadê?
eu não ia responder. sabia que qualquer coisa que eu dissesse seria mentira.
ela (eu) era a minha verdade e não estava mais dentro de mim. ela (eu) sabia das coisas e eu não.
já que ela (eu) não era mais eu, não hesitou em sacudir o machado no ar, antes de abrir-me o esterno.
fiquei deitado no chão esperando que ela (eu) fosse embora, com a verdade, com tudo, mas ela (eu) chegou perto.
o rosto perto do meu. olhava para mim e para meu peito aberto... parece que não achou o que procurava.
a verdade já não sabe mais nada.
pelo menos não aquilo que eu sei.
quem me tirou o que ela queria.

transmitindo pesares e mais uma vez balançando,
confuso, o esclarecido

sábado, 3 de setembro de 2011


cerveja preta

pois é, resolvi voltar e desdobrar mais um pensamento ou dois (talvez nenhum, se me permitem, já que nem sempre consigo ter pensamentos dobrados).

acontece que estou ouvindo portishead (third), jogando pôquer (ps), bebendo cerveja preta (não sei exatamente o motivo de ter escolhido cerveja preta hoje), comendo doritos tradicional (totalmente dispensável, já que... né) e a insatisfação é grande. não exatamente com essas coisas que estou fazendo (talvez sim, mas isso é outra coisa), mas com qualquer coisa que não me parece estar muito correta [politico-socialmente falando (desculpem-me amigos bacharéis, mestres e doutores)]...

[...]

me perdi... coisas que o pôquer faz por mim...

[...]

são nesses momentos que a gente fala "sei lá"? se for, vou usar.
sei lá... pode ser que eu esteja ansioso com alguma coisa. poderia um amigo meu me mandar cagar ou bater com a cabeça na parede ou bater uma punheta ou qualquer outra coisa para parar de ficar enchendo as telas com caracteres quase-aleatórios.

se eu sei lá, também devo saber aqui. a não ser que o tempo e minha lucidez vadia se esvaiam.

qualquer coisa pode me tirar de onde estou e me levar para outros tantos mundos imaginários. meu multiverso de brinquedos. assim era com minha borracha no colégio; que facilmente virava um carro ou uma nave. acontece que tem coisas que me tiram de onde estou para lugares piores. como as coisas que me tiram do sério. principalmente quando as pessoas, num desdém desatado, deixam de respeitar os sentimentos dos outros e para além disso, desrespeitar o corpo, o trabalho e as vontades dos outros.

bem, eu estou indo bem no pôquer... omaha alto, limite do pote. talvez por que a paciência se esgote facilmente e eu saia de lá.

concordo, é um saco. é tudo um saco! mas também concordo que é maravilhoso. e um beijo na boca¹²³, então... bah! que delícia!

amanhã (hoje) tem o primeiro de dois shows de comemoração da RootsnR, banda que tive a felicidade de fazer parte... da concepção, nascimento até dois anos depois. fico feliz por ter passado pelas coisas que passei com meus amigos. eles representam mais para mim do que a maior parte da minha família. e olha que eu amo minha família!! ainda tenho dessas bobagens... gostar de gente que não mereceria nem... ok... deixa pra lá...

e essa porra toda vai para o blog! [ri sozinho agora]

ainda bem que tá tarde... duvido muito que alguém se disponha a ler essa porra toda. mas, se fizer, lamento. daqui não se extrai substratos de sabedoria, tampouco técnicas de masturbação ou métodos de abordagem de organizações sociais e/ou instituições capitalistas variadas.

[como uma cena de filme] eis que minhas idéias acabam de sair pela janela e olham para tudo, afastando-se da janela e do prédio e da rua e do bairro e da cidade e... a cada quarenta e duas janelas, uma está com alguma luz ligada, algum equipamento eletrônico, talvez alguém escrevendo coisa importante, música tocante, filme pornô, trabalhando... e eu, mesmo sob a repressão da arquitetura, delirando.

depois dessas, sem mais, atenciosamente
monstro do livro rosto

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

permissão para mim mesmo

te provei dos pés até a alma e te amei e te amo e ainda assim não me alieno e olho o mundo nos olhos e não me sacia a beleza e todos os dias imagino o mundo de quatro ou dançando sensualmente e meu delírio acaba de se enroscar nas tuas pernas e lamber teu peito.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Fake Plastic World - A respeito da hiper-produção e De Volta Para o Futuro

considerações acerca da obsolescência programada, da dependência do petróleo, da teoria da dependência, teorias conspiratórias, da teoria da relatividade e do multiverso, dos grávitrons, da suposta liberdade política e da pseudo-democracia, do moderno voto à cabresto e outras dúvidas e indignações.

um verme que não pára de consumir e um dia vai explodir. esse é o capitalismo. estão tornando-se mais frequentes as crises governamentais. países "desenvolvidos" (o que é desenvolvimento?) à beira de um ataque de nervos - colapso financeiro é pouco.

o modo de vida americano [...] corrijo! o modo de vida estadunidense (american way of fucking the world) convenceu muitos consumistas no mundo todo. todo o tipo de consumista: os eco-mauricinhos, os hippie-chiques, os punk-de-botique, os [...], se enxergam dentro de um modo de vida mega-consumidor, onde acreditam ser possível minimizar (uns acreditam até ser possível reparar) a fome de ingredientes básicos desse verme - mão-de-obra superexplorada, ultra pobreza, mega-diferenças sociais, outras coisas, etc e tal, todas no superlativo.

[continuarei]

quarta-feira, 1 de junho de 2011

um bom baseado que fechei

muito sentimento ruim. a frustração, a derrota, a decepção, o desânimo, a inércia, tudo arrasta meus pensamentos para o buraco. agora é isso. e é isso que é.

que mundo esse meu... cheio de nada. to de saco cheio... desse nada que faço, desse meu embaraço. 

vivo, agora, pelo copo de uísque, pelo quarto de ácido, pelo belo e gordo baseado, pelo céu azul, pelas barbas do profeta e pela música do video-game tocando em looping há tanto tempo quanto resolvi escrever.

batota, o batuta idiota.
extraído de "conversas com o galho da árvore" - editora ecobacana, 1994

segunda-feira, 30 de maio de 2011

dedo no cérebro


o que fazer? o que fazer? o que fazer? o que o que o que? o que fazer? o que o que? o que fazer? o que fazer? o que fazer? o que fazer? o que fazer? o que eu to fazendo? o que fazer? o que fazer? o que eu quero fazer? o que fazer? o que fazer? o que fazer? o que fazer? o que fazer? o que ta pegando, hein? o que fazer? o que fazer? o que fazer? o que eu quero ler? o que fazer? o que fazer? não dá nada? o que fazer? o que fazer? o que o que o que? o que fazer? o que fazer? o que fazer? o que fazer? o que fazer? o que fazer? o que fazer? o que fazer? o que fazer? o que fazer? o que fazer? o que fazer? o que fazer? o que eu quero que leias? o que fazer? o que fumar? o que fazer? o que fazer? o que fazer? que loucura? o que fazer? o que fazer? confuso confuso o que fazer? o que fazer? o que fazer? o que fazer? o que fazer? o que fazer? o que fazer? o que fazer? o que fazer? o que fazer? o que o que o que? o que fazer? quer fazer? o que fazer? o que fazer? o que e como fazer? o que fazer? o que fazer? o que fazer? o que não fazer? o que fazer? o que fazer? o fazer?  o q fazer? o fazeres? o que o que o que o que? o que fazer? o que fazer? o que fazer? o que fazer? o que fazer? o que fazer com a preguiça? o que fazer? o que fazer? o que fazer? o que fazer? o que fazer? o que fazer? o que fazer? o que fazer? o que fazer? o que fazer? o que fazer? o que fazer? o que fazer? o que fazer no banheiro? o que fazer? o que fazer? o que fazer? o que fazer? o que fazer? o que fazer? o que fazer? o que fazer? o que fazer? o que fazer? o que fazer? o que fazer? o que tens feito? o que fazer? o que fazer? o que fazer? o que fazer? o que fazer? fui fazendo? o que fazer? o que fazer? o que fazer? o que fazer? o que fazer? o que fazer? o que fazer? o que fazer? o que fazer? hein? o que fazer? o que fazer? o cansaço? o que fazer com ele? o que fazer? o que fazer? o que fazer? o que fazer? chocolate? o que fazer? o que fazer? o que fazer? o que fazer? o que fazer? o que fazer? o que fazer? quanta gente? o que fazer? o que vai fazer? o que fazer? que confusão? o que fazer? o que fazer? o que fazer? o que fazer? o que fazer? o que fazer? o que fazer? né? que fazer? o que fazer? o que fazer? o que é? o que vai fazer? no que fazer? vai assim mesmo.

sábado, 14 de maio de 2011

SCUM ou UNSC

bem que poderia ser... scum...
http://www.haitiancolors.com/index.html
...
por ocasião dos estudos, li algumas resoluções da onu. chega a ser lindo o documento que oficializa a criação da minustah (a missão de estabilização). lindo? é... bem... denorex.
...
sem palavras.
...
aqui a resolução 1542 do conselho de segurança, para vocês darem uma olhada e se apaixonarem pela putaria que é esse mundo.
...
falácia é pouco.
a onu responde aos interesses daqueles que a compõe. e não é pouca gente. mas... até que ponto a garantia de representação dentro da organização converge para o interesse das populações?
burguesia associada, rede militar, tratados políticos, etc. isso torna a coisa toda muito forte.
sei lá, essa coisa trata de tudo! e não dá pra ficar nessa punheta... como diz o grande zagueiro walter bunda "o perigo de falar de tudo é não conseguir dizer nada".

tá falado, tá falado. tá comprado! fiado, na boa, não tem mágoa,
mais uma d@ loco

terça-feira, 10 de maio de 2011

não és bem vindo e uma pensada perdida

passo desapercebido pela maioria dos lugares. sou uma sombra, mais um componente, mais um elemento do urbanismo, da arquitetura e da decoração, mais uma engrenagem pouco valorizada da máquina.
quando ultrapasso essa linha, esse espectro, ultrapasso também o limite do agradável.
quando desapercebido, pouco importo, quando insurgente, desagrado.
ótimo isso. eu mesmo me ofendo com essa pobreza intelectual. descolar-me da realidade é ajudar a manter o status quo.

antes que a vida acabe, vou fazer coco
status quo status quo