terça-feira, 26 de março de 2013

de trombones e coisas comuns

mais um comentário sobre o funk setentista e progressivos noventistas, ou quase isso, ou quase ecletismo, ou quase popular e tal, coisa rasa, para falar a verdade.
coloquei a tocar uma pasta de sons que não estavam identificados e tem tocado de Tool à Billy Cobham. "afudê, né", pensei, considerando que normalmente não são Estilos que se ouvem em uma mesma lista de reprodução.
os primeiros álbuns do Tool são realmente muito bons (ninguém precisava ler isso, nem isso) e tem muita coisa boa que rolava nesse submundo. pelo que vejo, acho normal as bandas que se mantêm criando e escursionando e tal, diminuirem o ritmo, no que diz respeito ao peso do treco mesmo. assim é com Tool e com outras tantas. [certeza que há muitas bandas que são afudê em toda a carreira. sem citações]
o bom mesmo é transitar pelos estilos, colhendo composições, criatividade, um pouco de loucura e drogas demais. nem preciso escrever que a maioria dos grandes artistas ou se drogava demais ou era louco de cara. bah... e tem maluco nesse meio. e como eles nos atingem! pra quem gosta de entrar na onda dos caras (to falando de escutar o som, não de... né), viajar em cada um dos instrumentos, é bom transitar por montes de tipos diferentes de música.
assim é com o jogo de sopros e percussões e o diálogo entre os instrumentos do funk da década de setenta. é afudêêêê, cara! um ritmo muito forte, com muitos elementos, cada um bem trabalhado ou muito bem improvisado. tem quem não goste. assim também é com o jazz... mas isso é outra história. inclusive, tanto Tool quanto, obviamente, Billy Cobham, flertam com o jazz. ahan... ahan...

uma observação que não deveria ser escrita: 
ontem passou por mim um cd de sertanejo universitário (ganhei de um camarada que já trabalhou com a banda), na mesma hora pensei em presentear uma amiga com o cd, mas me dei o trabalho de escutar antes. sério, os caras são tecnicamente muito competentes e tal, mas que coisa! parece que eu já tinha ouvido aquilo antes!! impressionante.

enchendo a pança com rango bom e só matando a fome com rango azedo,
Souto, Douvidos.

domingo, 10 de março de 2013

Relatos Anaeróbicos - 02

é como se o abismo fosse mais do que ele mesmo, como se fosse um buraco negro, me puxando.
cada passo dói, a boca seca em uma noite cheia de bebida, meus mecanismos de defesa criam um blues bem blues na tentativa de me transportar para o conforto e resignação...