domingo, 16 de outubro de 2011

alguma coisa...
fiz o trabalho todo, tomei uma lata de cerveja, olhei para frente, vi a mata nativa e não resisti à tentação. subi o morro e sumi no mato.
lá, encontrei o outro eu que perdi esses dias. ela (eu), a verdade, me recebeu com um machado na mão.
- e aí, magrelo, cadê?
eu não ia responder. sabia que qualquer coisa que eu dissesse seria mentira.
ela (eu) era a minha verdade e não estava mais dentro de mim. ela (eu) sabia das coisas e eu não.
já que ela (eu) não era mais eu, não hesitou em sacudir o machado no ar, antes de abrir-me o esterno.
fiquei deitado no chão esperando que ela (eu) fosse embora, com a verdade, com tudo, mas ela (eu) chegou perto.
o rosto perto do meu. olhava para mim e para meu peito aberto... parece que não achou o que procurava.
a verdade já não sabe mais nada.
pelo menos não aquilo que eu sei.
quem me tirou o que ela queria.

transmitindo pesares e mais uma vez balançando,
confuso, o esclarecido

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