quarta-feira, 30 de maio de 2018

mudanças profundas doem

eu queria definir um tom antes de tu começar a ler. como música. saca, né!? então escolho o tom do aprendizado.
 
primeira observação reticente: eu fumei e bebi... to fumando e bebendo ainda... então...

sobre eu ter dito ao meio-dia que tinha ficado chateado contigo e depois superado. eu não tinha superado de verdade. eu preciso te dizer isso agora. eu demorei a vencer umas neuras. pra bem da verdade, só superei com a dupla lícita e ilícita.
 
pensei bastante. eu estava me sentindo estranho com o fato de tu querer entrar num casulo. não por esse fato exatamente, mas pelo reflexo dele em mim; de não querer falar comigo. vou tentar descrever aqui o sentimento e as fases, pra ver se tu me desculpa pela insistência e por deixar transparecer que eu estava descontente com alguma coisa.

o sentimento inicial é, possivelmente todo aquele ligado com uma construção do amor como um esquema moral, subconsciente. o que me impeliu a, ao invés de me perguntar "não quis falar comigo, por que?", me afirmar "ela não quis falar comigo.". na ninha opinião essa afirmação tem uma gênese horrível. mas o problema não para aí. ela ecoa. e ecoou! mesmo depois de eu ter dito pra ti "relaxa, eu te entendo".
 
[pode ser chato ler isso, mas to achando importante escrever]
 
eu entrei em um conflito interno quando me dei conta que isso tava acontecendo. e fiquei tri chateado comigo mesmo por muitos motivos. ser grudento é um deles. mesmo eu te dizendo "fica em paz", lá estava eu te perguntando "tá em paz?". quase uma sombra!
 
bem, os outros motivos passam por uma carga moral muito maior. como falei antes, a gênese maldita daquela afirmação era o verbo querer. maldita, porque me limitou a mim e não me permitiu pensar em ti. difícil tirar a cabeça desse sufoco cultural e respirar outros pensamentos.
 
as drogas sempre me fizeram bem nesses "momentos amargos" do machismo do homem branco classe mediano. me fizeram bem, pois me ajudaram a desconstruir essa joça. em momentos de estranheza emocional, eu penso muito melhor chapado (beeeeem chapadinho, se possível). eu respiro, penso, tomo um goró e aponto a interrogação pra mim: "quais os porquês desse sentimento?"; eles são tão potentes que vão me impedir de viver como eu acho que eu tenho que viver?".

essa última pergunta nasce de uma bola de neve - que chegou ao tamanho máximo depois de eu pensar que tu tinha resolvido ficar com outra pessoa. sim, parecia que no fim do dia um ímpeto estúpido chegou no meu ouvido dizendo "ela tá com outra pinta" e isso me incomodou (me irritei demais POR TER TIDO esse pensamento).
 
segunda observação: to tentando descrever esses sentimentos, mas não sei como to indo... mas continuando...
 
só o fato isolado de eu ter pensado que tu estava com outra pessoa foi alvo de crítica. a gente já falou sobre isso. agora (depois da crítica ébria) eu to melhor. penso se tu está melhor e te imagino lendo esse amontoado de letras. nesse ponto, especialmente, acho que não consegui me explicar direito.
 
perdi o raciocínio e acho que é importante dizer que agora eu to me sentindo muito bem de novo.
 
tu é uma mulher que eu admiro demais, que está passando por um momento muito foda e... está passando!! tu te conhece bem, tu sabe do que tu pode dar conta (por enquanto tá precisando de muletas farmacêuticas, mas é por enquanto). daí eu penso na minha pobreza de espírito, no meu egoísmo, em ter sido tão insistente.

bah! tenho muito o que melhorar. essas críticas internas/sentimentais são o alicerce das minhas ações. sinto que hoje eu lidei com sentimentos ruins, de não-liberdade.

mas eu to me tornando um homem melhor desde que decidimos namorar. eu... acho... que... tu tá me transformando em um homem melhor. te amo afu por isso e pelo conjunto da obra que tu é.

terça-feira, 29 de maio de 2018

Da falta de aprendizagem

Mesmo que eu não seja estudioso de área alguma, algumas sempre me atraíram mais que outras. A psicologia, a educação, as ciências sociais e políticas e a filosofia como base, por exemplo, são ciências que sempre ganharam minha (dispersa) atenção.
Digo isso, pois, embora não estude Carl Rogers, tenho me referido com frequência a alguns conceitos formulados por ele no que tange à educação (e às relações humanas, why not?!). Um desses conceitos é o de “compreensão empática” – que é uma atitude de se colocar no lugar do outro, de considerar o mundo por intermédio de seus olhos. O que rola é que talvez falte essa compreensão no nosso meio. Solidariedade, altruísmo e empatia, seriam sentimentos humanos, não fosse a sociedade dominada pelo egoísmo, pela vaidade, etc.
Uso demais esse conceito, quando quero me referir que não precisamos passar por dificuldades para entender que uma situação “x” é difícil, quero dizer, não sou negro e entendo que ser negro é estar sujeito à perseguições no super, à revista da polícia e às diversas formas de violência física e moral; não sou mulher e entendo que ser mulher é sofrer abusos, sofrer com violência doméstica e sexual, etc., etc. etc. Também costumo dizer que não preciso (nem quero) passar por uma guerra, para saber que uma guerra é uma grande merda! Aparentemente a maior parte das pessoas não faz esse exercício.
Rogers também fala que viver uma experiência é inigualável. Eis o ponto! Essas pessoas que clamam por intervenção militar são as mesmas que não se sensibilizam com a dor do outro... são os mesmos que dizem que nosso país foi tomado pelo vitimismo. Essas pessoas, talvez, tenham mesmo que vivenciar um regime ditatorial para saber o que é, pois não aprenderam nada com a história.

terça-feira, 22 de maio de 2018

Que combustível esse!
Faz dois meses que estou nas nuvens.

quinta-feira, 17 de maio de 2018

Ruptura da ligação

Ontem fui forçado a me dar conta da ruptura que já havia entre nós, vinda de ti.
Eu FUI motor da boa convivência e só recebi indiferença, desmotivação e cinismo.
Agora não sou motor ou combustível ou iniciativa, sou a negação, a antítese, a cara de nada.

terça-feira, 15 de maio de 2018

sexta-feira, 11 de maio de 2018

Maldiário

Entre o real e a minha realidade, acho que absorvo os males dos outros
Adquiro doenças
Mergulho em crises
Desperto síndromes
...tudo telepaticamente
Tenho que aprender a não ficar ansioso
Também tenho que aprender a não escrever chapado
Mas ó! Entrei em parafuso numa depressão alheia
E ta doído pra sair
Imagina a pessoa deprimida, o quanto não sofre pra sair

segunda-feira, 7 de maio de 2018

Amargor

Demorei muito para entender de verdade o conceito de esquerdo-macho.
Eu, totalmente ébrio, fui exposto à uma grosseria absurda.
Não consegui processar tudo na hora e não reagi bem.
Parecia que eu estava rindo da piada.
Fiquei pasmo e ri de nervoso.
Fiquei mal.
Foi uma exposição à vulgaridade e ao preconceito.

sexta-feira, 4 de maio de 2018

Quando o coração implode

Quem sofre ou sofreu com depressão, entende com mais vivacidade o sentimento de perda do encanto de um novo amor.
Não é a perda do amor, não! É saber que já não está mais no topo. Só isso já basta para uma pessoa com crise de ansiedade dar início a uma série de pensamentos sobre o fim do amor.
O normal é que isso aconteça (diminuir o entusiasmo) e uma mente normal sabe lidar com isso inconscientemente - que o amor se transforma e ganha outros sentidos.
Mas para o depressivo isso não vale.
Se o amor se transformar, já deixou de ser amor.