sábado, 4 de setembro de 2010

criador e criatura

hummm... parece que o criador falhou
                   deixou um espaço para criar
                   e a cria criou uma nova criação

deu-me asas (a cria)
deu-me poderes
mas não deu-me espaço.
mas ainda como o criador,
deu-me vida e eu me espalhei.


   um lapso de memória fez com que dispersasse o discurso e atentasse para si mesmo.
   faltava algo... faltava alma. tudo vazio (oco?) na existência infinita do breve tempo que esperava para lembrar de si. enquanto criava internamente outro interior, outra consciência, via o universo como uma gota de água. e bebeu o universo inteiro, procurando encher-se de tudo o que havia, procurando sua alma. a energia despendida de cada pelo arrepiado em sua nuca, anunciou: seu estômago iria inchar e o universo tomaria seu corpo. sentiu-se satisfeito em parte, pois estaria novamente cheio de nada. estaria consciente, vivo e incompleto.

sobretudo alucinando, com um sorriso no canto da boca, perdido como no velho-oeste adocicado,
eutu elenós vozeles

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