terça-feira, 29 de maio de 2018

Da falta de aprendizagem

Mesmo que eu não seja estudioso de área alguma, algumas sempre me atraíram mais que outras. A psicologia, a educação, as ciências sociais e políticas e a filosofia como base, por exemplo, são ciências que sempre ganharam minha (dispersa) atenção.
Digo isso, pois, embora não estude Carl Rogers, tenho me referido com frequência a alguns conceitos formulados por ele no que tange à educação (e às relações humanas, why not?!). Um desses conceitos é o de “compreensão empática” – que é uma atitude de se colocar no lugar do outro, de considerar o mundo por intermédio de seus olhos. O que rola é que talvez falte essa compreensão no nosso meio. Solidariedade, altruísmo e empatia, seriam sentimentos humanos, não fosse a sociedade dominada pelo egoísmo, pela vaidade, etc.
Uso demais esse conceito, quando quero me referir que não precisamos passar por dificuldades para entender que uma situação “x” é difícil, quero dizer, não sou negro e entendo que ser negro é estar sujeito à perseguições no super, à revista da polícia e às diversas formas de violência física e moral; não sou mulher e entendo que ser mulher é sofrer abusos, sofrer com violência doméstica e sexual, etc., etc. etc. Também costumo dizer que não preciso (nem quero) passar por uma guerra, para saber que uma guerra é uma grande merda! Aparentemente a maior parte das pessoas não faz esse exercício.
Rogers também fala que viver uma experiência é inigualável. Eis o ponto! Essas pessoas que clamam por intervenção militar são as mesmas que não se sensibilizam com a dor do outro... são os mesmos que dizem que nosso país foi tomado pelo vitimismo. Essas pessoas, talvez, tenham mesmo que vivenciar um regime ditatorial para saber o que é, pois não aprenderam nada com a história.

terça-feira, 22 de maio de 2018

Que combustível esse!
Faz dois meses que estou nas nuvens.

quinta-feira, 17 de maio de 2018

Ruptura da ligação

Ontem fui forçado a me dar conta da ruptura que já havia entre nós, vinda de ti.
Eu FUI motor da boa convivência e só recebi indiferença, desmotivação e cinismo.
Agora não sou motor ou combustível ou iniciativa, sou a negação, a antítese, a cara de nada.

terça-feira, 15 de maio de 2018

sexta-feira, 11 de maio de 2018

Maldiário

Entre o real e a minha realidade, acho que absorvo os males dos outros
Adquiro doenças
Mergulho em crises
Desperto síndromes
...tudo telepaticamente
Tenho que aprender a não ficar ansioso
Também tenho que aprender a não escrever chapado
Mas ó! Entrei em parafuso numa depressão alheia
E ta doído pra sair
Imagina a pessoa deprimida, o quanto não sofre pra sair

segunda-feira, 7 de maio de 2018

Amargor

Demorei muito para entender de verdade o conceito de esquerdo-macho.
Eu, totalmente ébrio, fui exposto à uma grosseria absurda.
Não consegui processar tudo na hora e não reagi bem.
Parecia que eu estava rindo da piada.
Fiquei pasmo e ri de nervoso.
Fiquei mal.
Foi uma exposição à vulgaridade e ao preconceito.

sexta-feira, 4 de maio de 2018

Quando o coração implode

Quem sofre ou sofreu com depressão, entende com mais vivacidade o sentimento de perda do encanto de um novo amor.
Não é a perda do amor, não! É saber que já não está mais no topo. Só isso já basta para uma pessoa com crise de ansiedade dar início a uma série de pensamentos sobre o fim do amor.
O normal é que isso aconteça (diminuir o entusiasmo) e uma mente normal sabe lidar com isso inconscientemente - que o amor se transforma e ganha outros sentidos.
Mas para o depressivo isso não vale.
Se o amor se transformar, já deixou de ser amor.

segunda-feira, 23 de abril de 2018

segunda-feira, 9 de abril de 2018

À mãe

Olha, expectativas todos temos quando resolvemos casar. Diferentemente do dizem sobre as separações, meu casamento deu muito certo!! Deu um fruto maravilhoso.
Mas deu!

Minha relação com a mãe do meu filho é suficientemente satisfatória para continuarmos a caminhada da educação dele. Pra mim isso é mais importante que qualquer outra coisa.

Desde 18 de setembro não sou mais o companheiro dela, isso significa que se passaram seis meses e vinte dias desde o rompimento. Vou respeitar teu "luto" sem perguntar, ou ignorando, o motivo para tanto.

Mas repito que fico triste quando tu entende que nós (eu e principalmente tua filha mais velha) vulgarizamos nossos sentimentos. Vulgar é uma sociedade que privatiza o amor. Que torna o sentimento de carinho e afeto em propriedade.

Amor, carinho, paixão e tesão são motivos de entrega, sim!! Nunca me enchi de amor, nem abandonei amores antigos.

Respeito os sentimentos alheios, mas a minha felicidade não cabe em mim. Se, assim como eu optei por ignorar teu motivo de luto, quiseres ignorar os motivos da minha imensa felicidade, isso é contigo. Infelizmente vais deixar de ter compartilhada importante passagem na minha vida.

sexta-feira, 6 de abril de 2018

Maluquíssimo

Parce que je suis fou. Mon coeur s'est envolé de ma bouche et a atterri sur une idée fantastique.

segunda-feira, 21 de agosto de 2017

Em descontrução 2

Minha mãe começou a destruir isso tudo quando se separou dele pela segunda vez. Eu estava no início da adolescência e eu demorei muito (muito mesmo!) pra entender que destruir esse obelisco era o maior trabalho da minha vida. Ainda é. Especialmente agora minha covardia ecoa de forma diferente, porque meu filho está começando a me observar.

Em desconstrução

Eu não sou um cara corajoso.
Na verdade o contrário.
Fui forjado um covarde.

Hoje converso com meu pai sobre as amenidades do mundo, de preferência bebendo e escutando música em volta de uma churrasqueira. Meu pai não me queria um covarde. Não! Ele queria que eu fosse corajoso, que levantasse a cabeça e enfrentasse as coisas do mundo. Ele falou várias coisas importantes, que eu noto que se perpetuam nesse tempo, sobre como o mundo funcionava sob a visão dele. Falou pouco...
...fez bastante. Bateu bastante. Desde muito pequeno, eu apanhei do meu pai. Não era pouca coisa, era todo dia. Não era palmadinha. Eram números certos de cintadas; que ele definia dependendo do próprio humor - podia ser três (barbada, né), podia ser dez ou mais -  eu era obrigado a contar, se eu perdesse a conta, iniciava de novo. O castigo físico não era só esse, mas não vale a pena descrever. O que interessa é que esse foi o legado do pai para o filho.

É assim que as coisas funcionam.
Recebe a frustração do mundo...
...e despeja em casa.