segunda-feira, 23 de abril de 2018

segunda-feira, 9 de abril de 2018

À mãe

Olha, expectativas todos temos quando resolvemos casar. Diferentemente do dizem sobre as separações, meu casamento deu muito certo!! Deu um fruto maravilhoso.
Mas deu!

Minha relação com a mãe do meu filho é suficientemente satisfatória para continuarmos a caminhada da educação dele. Pra mim isso é mais importante que qualquer outra coisa.

Desde 18 de setembro não sou mais o companheiro dela, isso significa que se passaram seis meses e vinte dias desde o rompimento. Vou respeitar teu "luto" sem perguntar, ou ignorando, o motivo para tanto.

Mas repito que fico triste quando tu entende que nós (eu e principalmente tua filha mais velha) vulgarizamos nossos sentimentos. Vulgar é uma sociedade que privatiza o amor. Que torna o sentimento de carinho e afeto em propriedade.

Amor, carinho, paixão e tesão são motivos de entrega, sim!! Nunca me enchi de amor, nem abandonei amores antigos.

Respeito os sentimentos alheios, mas a minha felicidade não cabe em mim. Se, assim como eu optei por ignorar teu motivo de luto, quiseres ignorar os motivos da minha imensa felicidade, isso é contigo. Infelizmente vais deixar de ter compartilhada importante passagem na minha vida.

sexta-feira, 6 de abril de 2018

Maluquíssimo

Parce que je suis fou. Mon coeur s'est envolé de ma bouche et a atterri sur une idée fantastique.

segunda-feira, 21 de agosto de 2017

Em descontrução 2

Minha mãe começou a destruir isso tudo quando se separou dele pela segunda vez. Eu estava no início da adolescência e eu demorei muito (muito mesmo!) pra entender que destruir esse obelisco era o maior trabalho da minha vida. Ainda é. Especialmente agora minha covardia ecoa de forma diferente, porque meu filho está começando a me observar.

Em desconstrução

Eu não sou um cara corajoso.
Na verdade o contrário.
Fui forjado um covarde.

Hoje converso com meu pai sobre as amenidades do mundo, de preferência bebendo e escutando música em volta de uma churrasqueira. Meu pai não me queria um covarde. Não! Ele queria que eu fosse corajoso, que levantasse a cabeça e enfrentasse as coisas do mundo. Ele falou várias coisas importantes, que eu noto que se perpetuam nesse tempo, sobre como o mundo funcionava sob a visão dele. Falou pouco...
...fez bastante. Bateu bastante. Desde muito pequeno, eu apanhei do meu pai. Não era pouca coisa, era todo dia. Não era palmadinha. Eram números certos de cintadas; que ele definia dependendo do próprio humor - podia ser três (barbada, né), podia ser dez ou mais -  eu era obrigado a contar, se eu perdesse a conta, iniciava de novo. O castigo físico não era só esse, mas não vale a pena descrever. O que interessa é que esse foi o legado do pai para o filho.

É assim que as coisas funcionam.
Recebe a frustração do mundo...
...e despeja em casa.

sábado, 7 de março de 2015

retroneurose


digeri alguns pensamentos durante essas últimas três ou quatro horas... alguns... outros são indigestos.

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

fui espremer um cravo¹ e caí na real. aperto, com certa periodicidade, esse mesmo cravo, há uns 20 anos!
decolei. fiz do cravo uma anciã burguesa que come, caga, incha e de vez em quando faz uma lipoaspiração.
resolvi apertar aquele treco. apertei afu aquela porra (com muita técnica, friso) e não adiantou.
todo o sebo saiu perfeitamente, mas o filho da puta do cravo não saiu. continuou lá. cravado!!! maldito ácaro¹!!!!
era uma velha! burguesa e vadia! o tempo passou, todo o resto foi embora e a senhora ficou lá... enraizada no invólucro do bom senso.
bah! invólucro do bom senso... tenho que parar com essas drogas.


sem cara, dando tchau, resumidamente,
Odiê Iessa.

¹ conhece o demodex?

terça-feira, 26 de março de 2013

de trombones e coisas comuns

mais um comentário sobre o funk setentista e progressivos noventistas, ou quase isso, ou quase ecletismo, ou quase popular e tal, coisa rasa, para falar a verdade.
coloquei a tocar uma pasta de sons que não estavam identificados e tem tocado de Tool à Billy Cobham. "afudê, né", pensei, considerando que normalmente não são Estilos que se ouvem em uma mesma lista de reprodução.
os primeiros álbuns do Tool são realmente muito bons (ninguém precisava ler isso, nem isso) e tem muita coisa boa que rolava nesse submundo. pelo que vejo, acho normal as bandas que se mantêm criando e escursionando e tal, diminuirem o ritmo, no que diz respeito ao peso do treco mesmo. assim é com Tool e com outras tantas. [certeza que há muitas bandas que são afudê em toda a carreira. sem citações]
o bom mesmo é transitar pelos estilos, colhendo composições, criatividade, um pouco de loucura e drogas demais. nem preciso escrever que a maioria dos grandes artistas ou se drogava demais ou era louco de cara. bah... e tem maluco nesse meio. e como eles nos atingem! pra quem gosta de entrar na onda dos caras (to falando de escutar o som, não de... né), viajar em cada um dos instrumentos, é bom transitar por montes de tipos diferentes de música.
assim é com o jogo de sopros e percussões e o diálogo entre os instrumentos do funk da década de setenta. é afudêêêê, cara! um ritmo muito forte, com muitos elementos, cada um bem trabalhado ou muito bem improvisado. tem quem não goste. assim também é com o jazz... mas isso é outra história. inclusive, tanto Tool quanto, obviamente, Billy Cobham, flertam com o jazz. ahan... ahan...

uma observação que não deveria ser escrita: 
ontem passou por mim um cd de sertanejo universitário (ganhei de um camarada que já trabalhou com a banda), na mesma hora pensei em presentear uma amiga com o cd, mas me dei o trabalho de escutar antes. sério, os caras são tecnicamente muito competentes e tal, mas que coisa! parece que eu já tinha ouvido aquilo antes!! impressionante.

enchendo a pança com rango bom e só matando a fome com rango azedo,
Souto, Douvidos.

domingo, 10 de março de 2013

Relatos Anaeróbicos - 02

é como se o abismo fosse mais do que ele mesmo, como se fosse um buraco negro, me puxando.
cada passo dói, a boca seca em uma noite cheia de bebida, meus mecanismos de defesa criam um blues bem blues na tentativa de me transportar para o conforto e resignação...

terça-feira, 27 de novembro de 2012

um sentido para o natal

àqueles que ignoram a realidade e/ou não sabem fazer as ligações certas:
me deparei com essa charge e lembrei de vocês (é, vocês que reproduzem modelos de sucesso, modelos administrativos, políticos, modelos de "estilo de vida", de consumo, etc.).
não adianta reproduzirem frases politicamente corretas, não adianta separar o lixo, não adianta vacinar o cachorro (ou mesmo trocar seu cachorro por uma criança pobre), não adianta merda alguma se vocês continuarem reproduzindo a lógica do capital/burocracia/liberalismo. E VOCÊS O FAZEM!! é isso (e mais um tanto) que continua conduzindo o mundo para o absurdo.
portanto, concluo com um apelo: ignorantes, sensibilizem-se!

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

sentei para escrever um mail enquanto dormia

[como há tempos não publico nada, resolvi publicar coisa muito, mas muuuuito, velha]


flutuar pelo quarto numa procura estranha... é sonho?
nao. quebrei esses tabus há algum tempo.
essa noite eu senti um gosto de bunda quando beijei o teto.
a lâmpada era fálica por demais, para eu me afeiçoar.
cuidadosamente desatarrachei-a do cachimbo. cachimbos já me interessam.
fumei aquela bunda. duriiiiinha que era. e dava choque tambem.
comecei a sangrar. e ficou tudo fora de controle.
eu girava como uma roda d'agua. jogando porra e sangue pra todos os lados.
o colchao, lááá embaixo, começou a parecer grama. o quarto floreceu.
é tudo animado. converso com a escada que pode me levar para os meus ossos.
ela tá com problemas e diz sentir falta de um motor. algo que ajude as pessoas a caminhar sobre ela.
era só ficar sem tocar o chao. flutuando. flutuando. animado. vivo. alucinado.
uuuuuuuuU oooooOoooOOO iiiIiiiIIIIIoooooOOooouuuUUuuUUOOoooOOOoo
ahhhhhhhh
ahhhhhh
gostoso. frio na espinha. tentar se segurar em qualquer coisa para nao sair pela janela.
o ar puro me quer.
"eu to indo! eu to indo!"
meus mamilos arrepiaram.


[...]

claro que houve pequena alteração
não consegui publicar coisa velha sem antes passar uma maquiagem

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Relatos Anaeróbicos - 01

insistência:

"a mente embebida em mulheres, fumaça, música, cansaço...
a coisa se repete. o mundo gira e volta e é aí que eu vomito."

- de um tipo, depois da noite de trabalho.