Transmission Zine
MAIS UMA transmissão de pensamento
quinta-feira, 21 de dezembro de 2023
doeu
sábado, 13 de maio de 2023
quinta-feira, 23 de setembro de 2021
sufocado por si
sábado, 26 de junho de 2021
Memória
domingo, 1 de novembro de 2020
Pra ilustrar a importância de manter essa corja retrógrada longe das ciências:
terça-feira, 6 de outubro de 2020
sempre existiu, mas só falei agora
terça-feira, 12 de novembro de 2019
quinta-feira, 31 de outubro de 2019
sobre putices e fantasias
terça-feira, 1 de outubro de 2019
Fortitchu
Prestes a seguir para a minha quadragésima segunda primavera, mais uma vez tropeço em uns pensamentos. Parece bem comum que a gente se sinta instigado a dar umas pensadas na vida nesses momentos... talvez seja inescapável fazer auto-avaliação ou crítica/análise da “vida que passa rápido demais”. Pela expectativa média de vida, já passou da metade.
Nessa metade, a melhor coisa que fiz foi ser pai. Definitivamente! Cada momento que o Felipe passa comigo enche a minha vida de sentido. Cada noite que ele, ao deitar, me dá boa noite e faz carinho no meu rosto me olhando bem nos olhos, ele ainda não pode imaginar a onda de sentimentos que ele gera. Na boa, com frequência eu choro depois que ele dorme. Penso na mãe, que me fazia carinho nas costas pra eu dormir, ou quando eu estava chateado e magoado com alguma coisa, até depois de ‘grande’. Será que as mesmas coisas passavam na cabeça dela, enquanto vivenciava aquilo? Da nossa vida logo ter um fim... é logo ali.
Fico perdido numa espiral entre vida e morte. Entre avaliar as coisas que fazem sentido pra nossa vida e as coisas que nos fazem perder esse sentido. A vida, por si só, é um acidente cósmico muito interessante. Uma força de perpetuação - esse conjunto de códigos genéticos que faz uma semente explodir buscando sol e água e espalhar suas próprias sementes depois - que resumia a humanidade umas centenas de milhares de anos atrás; e já ultrapassamos a simples busca da perpetuação dos nossos códigos.
Nem penso em fazer a crítica do obscurantismo que vivemos hoje. Só acho muito triste as pessoas guiarem suas vidas como se o norte delas fosse o cifrão. Minha vida pouco ou nada tem a ver com dinheiro – entendo o fato de viver no capitalismo selvagem, mas não me interpretem mal, isso definitivamente não tem a ver com a vida. Nem capitalismo, nem socialismo, nem o que veio antes, nem o que vem depois. A vida é maior do que nós mesmos e nossas criações, mas é uma pena que dure tão pouco para cada um de nós. E, como todo bom ateu, friso que minha vida não existia antes do meu conjunto orgânico e não vai existir depois que ele perecer.
De resto, admito minha pouca disciplina acadêmica e meu parco interesse na militância, mesmo que entenda a importância de ambas disciplinas na sociedade atual. Ah, e é preciso dizer que tanto uma coisa quanto outra pode fazer força para as duas direções (esquerda e direita). Os verbos militar e estudar não trazem consigo automaticamente a busca de coisas boas – como costumo dizer entre os meus, hoje é possível escrever sobre qualquer coisa, baseado em um grande número de referências, assim como é possível lutar para retirada de direitos, etc.
Sob esse prisma caótico – da confusão e ruídos mentais intermináveis, das incertezas, frustrações, depressões, amores, alegrias e do multiverso absurdo da subjetividade – digo a muitos dos meus queridos que estão lendo isso: amo vocês! Rumo a mais uma primavera e inspirações para outros textos gigantes que não concluem nada. Beijocas!
terça-feira, 25 de junho de 2019
Dias e dias
Em alguns só quero alienação, isolamento e ignorância.
Noutros quero sentir-me parte do mundo, ver a cidade e conversar com as pessoas.
Essa oscilação binária entre achar as relações humanas belas ou horrorosas ou inteligentes ou estúpidas, faz parte do humor e também do reflexo do ambiente.
[...]
Eu olhei para os números agora. Eles tinham vida ou um espectro dela. Os números eram dos registros de horário de uma pessoa. Olhei e, enquanto contava os dias prestando atenção nas entradas e saídas, fiquei pensando se aqueles dias, para aquela pessoa, fizeram algum sentido ou alguma diferença ou se foram pesados demais.
Eu passava os olhos pelos dias de forma tão rápida que a vida laboral dela parecia ter passado como um filme. Quase assim: "Aqui chegou atrasado. Será que teve problemas em casa ou problemas no trânsito? Será que simplesmente não queria levantar? Será que seu filho estava doente? Será que o despertador não tocou?".
[...]
Os dias passam rápido demais. A vida passa rápido demais. Acordar, alimentar, higienizar, transitar, trabalhar... repetidamente. E no meio disso muita coisa acontecendo ao mesmo tempo e pouca preocupação com a vida. Talvez tenha um monte de gente pensando coisas semelhantes nesse momento. Talvez.
Consegui escrever uma linha e outra durante a manhã toda, enquanto trabalhava. Isso é um certo privilégio. Acho que tem muita gente que não tem nem tempo de pensar sobre isso, quanto menos escrever sobre. Sobre o que mesmo? Sobre a vida ou o trabalho ou sobre nossos dias e dias.
quinta-feira, 26 de julho de 2018
com fones nos ouvidos, a música entra no corpo por alidependendo da música, logo o corpo se arrepia e uma sensação boa vai tomando conta.
não estranho o sentimento, nem estranho esse efeito que a música me causa, mas ainda fico impressionado com essa capacidade que a música tem de me transformar.
terça-feira, 24 de julho de 2018
Inquebrável?
Descobri que o coração partido é como o átomo: tem como partir em pedaços menores.